EXECUÇÃO: Polícia investiga execução de mineiro em AF

Por Arão Leite
Alta Floresta – Foi na estrada primeira leste ou MT-325, município de Alta Floresta, no Mato Grosso, que um homem foi encontrado morto no banco de trás do seu carro. O Fiat Uno de cor verde escura com placas da cidade de Uberlândia, estado de Minas Gerais, tinha muitas marcas de tiros nos vidros laterais traseiros.
No banco de trás do veículo, o homem amarrado pés e mãos, sinais de tortura e perfurações pelo corpo, principalmente na cabeça. “Possivelmente pegaram ele em algum lugar, o torturaram e depois o trouxeram para cá onde aconteceu a execução”, contou o cabo PM Marcelino, acrescentando que os disparos podem ter ocorrido do lado de fora para dentro do carro, atingindo a vítima, mas os projéteis ainda transfixaram o outro lado.
A PM foi informada do caso por moradores de chácaras vizinhas ao ocorrido. “Disseram ter ouvido tiros por volta da meia noite e depois um carro e uma moto teriam passado sentido Porto de Areia”, falou o policial militar que ao lado do solado Mineiro, isolaram o local até a chegada da Polícia Civil e Polícia Técnica.
A perícia trabalhou no local mais de duas horas, coletando materialidade do crime. Foram encontradas pelo menos seis capsulas, possivelmente de pistola calibre .45. Mas não se descarta ter sido usado um revólver também.
Uma mochila, roupas, equipamentos no nome de uma pessoa de Uberlândia foram encontrados no porta malas do carro e horas depois era informado que o homem que foi capturado em um alojamento, torturado com chicotadas, tentativas de arrancar unhas e depois executados com vários tiros é Cléverson da Silva Reis, nascido em 24 de novembro de 1996 na cidade de Uberlândia, Minas Gerais.
O homem estaria em Alta Floresta há cerca de dois meses e trabalhava em uma grande empresa, ao lado de um armazém na MT-208 onde elementos teriam chegado na noite de segunda-feira, o capturado, espancado os seus companheiros de quarto, tirado fotos dos demais e ameaçado dizendo que se eles contassem algo à polícia, iriam morrer. Foi quando levaram Cleverson dizendo que iriam mata-lo e depois tocar fogo no carro com ele dentro.
O caso é investigado pela Divisão de Homicídios da Polícia Civil de Alta Floresta.