domingo , maio 19 2024
Bandidos adquiriram veículos como BMW X5, Volvo CX 60, Toyota Hilux, Amarok, Jeep Commander, uma Mitsubishi Eclipse e uma Pajero, além de diversos modelos Toyota Corolla foto PJC MT

LAVAGEM DO COMANDO VERMELHO: Carro de luxo tinha dinheiro camuflado de fação criminosa em Cuiabá

DC
Policiais da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) localizaram mais de R$ 6 mil em notas de 200, escondidas no assoalho de um dos veículos apreendidos na Operação Apito Final.
O valor encontrado totalizou R$ 6,6 mil e estava camuflado debaixo do tapete de um Jaguar apreendido com outros 16 veículos, durante o cumprimento das buscas e apreensões da operação, deflagrada na semana passada pela Polícia Civil para desarticular um esquema de lavagem de capitais pelo Comando Vermelho, em Cuiabá.
O Jaguar foi apreendido com um dos alvos da operação.
“A quantia localizada corrobora, mais uma vez, as provas reunidas no inquérito, evidenciando a forma de agir da organização criminosa na lavagem de dinheiro, por meio da ocultação e dissimulação da origem dos valores ilícitos, haja vista que a maioria das transações comerciais realizadas pelos investigados foi por meio de dinheiro em espécie”, comentou o delegado Gustavo Belão.
A Operação Apito Final cumpriu 54 ordens judiciais que resultaram na prisão de 20 alvos, entre eles, o líder do grupo, Paulo Witer Farias Paelo, o WT, identificado como tesoureiro da facção e responsável pelo tráfico de drogas na região do Jbairro ardim Florianópolis.
A investigação da GCCO apurou, no período de dois anos, que a organização movimentou R$ 65 milhões em bens móveis e imóveis adquiridos para lavar o dinheiro da facção.
Além dos imóveis e veículos de luxo, as transações incluíram a criação de times de futebol amador e a construção de um espaço esportivo, estratégias utilizadas pelo grupo para a lavagem de capitais e dissimulação do capital ilícito.
Análises financeiras realizadas pela Polícia Civil apontaram que os investigados, mesmo sem comprovação de renda lícita, adquiriram veículos como BMW X5, Volvo CX 60, Toyota Hilux, Amarok, Jeep Commander, uma Mitsubishi Eclipse e uma Pajero, além de diversos modelos Toyota Corolla.
De acordo com o delegado Rafael Scatolon, que coordenou as investigações, os criminosos, comparsas do líder do grupo que também foi preso, faziam as aquisições de veículos usando garagens para comprar e vende.
Com isso, dissimulavam a posse e propriedade dos automóveis e lavavam o dinheiro obtido com o tráfico de drogas e dar aparência lícita às transações.
Conforme as investigações, no período de um ano, apenas em compra e venda de 43 veículos, o grupo criminoso teria movimentado cerca de R$ 8 milhões.

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