segunda-feira , maio 20 2024
Mauro Mendes, principal adversário de Emanuel Pinheiro, faz alerta aos vereadores sobre as contas do prefeito, reprovadas pelo TCE foto Mayke Toscano Secom MT

CONTAS REPROVADAS PELO TCE: Mauro alerta para o risco de vereadores “afundarem” com Emanuel

Kamila Arruda
Diário de Cuiabá
O governador Mauro Mendes (União) disse que os vereadores por Cuiabá irão “se afundar”, caso se posicionem contrários ao parecer do Tribunal de Contas do Estado, e aprovem as contas da Prefeitura referentes ao ano de 2022.
Para o chefe do Executivo Estadual, o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) “afundou” a Capital em dívidas, e quem avalizar isso irá afundar também.
“O rombo é gigante, afundou Cuiabá. Se os vereadores vão afundar junto com eles, é decisão deles”, disse o governador.
As declarações de Mauro Mendes fazem referência ao posicionamento dos vereadores da Capital quanto às contas do município do ano passado.
Por seis votos a um, o Tribunal de Contas emitiu parecer pela rejeição das contas de Emanuel Pinheiro referentes à gestão de 2022.
Apesar disso, a decisão final cabe à Câmara de Cuiabá.
O relatório é enviado pelo órgão fiscalizador para o Legislativo Cuiabano, que decide se aprova ou não o parecer técnico emitido pelos conselheiros.
Diante disso, vale lembrar que o prefeito tem apoio da maioria dos vereadores no Legislativo cuiabano, o que pode fazer com que o parecer do TCE seja reprovado, sem qualquer dificuldade.
Acontece que, em ano pré-eleitoral, os vereadores estão preocupados com a sua imagem, já que vão disputar a reeleição no próximo ano.
Isso pode fazer com que um grupo de parlamentares não siga as orientações do Palácio Alencastro e o parecer do Tribunal de Contas seja aprovado pela Câmara.
Por outro lado, o prefeito já está agindo nos bastidores, a fim de garantir a solidez de sua base, ainda mais com essa votação.
Isso porque, se a Câmara de Cuiabá confirmar a reprovação das contas do Município, ele fica inelegível por oito anos.
Até o momento, a base governista tem se mostrado sólida e firme.
Prova disso é que evitou a abertura de mais de 10 pedidos de Comissão Processante contra o gestor municipal, o que poderia resultar na cassação de seu mandato.
Como é de praxe, o parecer do Tribunal de Contas deve ser votado antes do recesso parlamentar de final de ano.

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