segunda-feira , maio 20 2024

Gonet assume PGR e diz que não busca “palco nem holofote”

LAVINIA KAUCZ, SOFIA AGUIAR
E CAIO SPECHOTO
Estadão Conteúdo
Paulo Gonet tomou posse, nesta segunda-feira (18), como chefe da Procuradoria-geral da República (PGR).
Gonet fez o juramento de cumprir as atribuições do cargo, defender a Constituição, a ordem jurídica e o regime democrático.
O novo chefe da PGR disse, em seu discurso de posse, que sua atuação será técnica.
“Não podemos perder de vista que o equilíbrio tem que ser o nosso apanágio”, afirmou Gonet, em um discurso que defendeu que o Ministério Público Federal”, disse.
“Não buscamos palco nem holofote. Devemos ser inabaláveis diante dos ataques dos interesses contrariados e constantes diante da efervescência das opiniões ligeiras. Devemos, sobretudo, ter a audácia de sermos bons e justos e corretos”, completou.
O PGR falou, ainda, que o Ministério Público, que a instituição é corresponsável pela preservação da democracia deve estar atenta “aos que sofrem” e “aos que não acham espaço de proteção na política”.
Gonet falou por cerca de 10 minutos. Ele disse que o dever em combater a corrupção e organizações criminosas é “indeclinável”, mas ressaltou que o MPF deve mostrar o compromisso com os direitos de todos, “mesmo do mais censurável malfeitor”.
Ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que o indicou, Gonet também destacou que o Ministério Público Federal (MPF) deve se conter “às estritas competências de que somos titulares” e obedecer aos limites éticos da atuação.
Estavam presentes ao evento também os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, Cristiano Zanin, Dias Toffoli e Alexandre de Moraes. Também compareceram à cerimônia o ministro aposentado do STF Ricardo Lewandowski e o ministro da Justiça, Flávio Dino, indicado por Lula ao STF que deve assumir uma cadeira na Corte em fevereiro, depois de ter sua indicação aprovada pelo Senado semana passada.
O ex-procurador-geral da República, Augusto Aras, também esteve na solenidade.
Ele deixou o cargo no fim de setembro após quatro anos à frente da PGR.
Do Governo, ainda participaram os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, da Secretaria-Geral, Márcio Macedo, da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius Carvalho, do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Amaro, da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias.
APROVDO NO SENADO – A indicação de Gonet à PGR foi aprovada na semana passada por ampla margem no plenário do Senado (65 votos favoráveis e 11 contrários).
Antes, ele passou por sabatina de mais de 10 horas na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa ao lado de Dino.
Gonet substitui a procuradora Elizeta Ramos, que estava ocupando o cargo interinamente desde setembro.
Ela foi a PGR interina a ficar mais tempo no cargo, por quase três meses.

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